SISTEMA RESPIRATÓRIO
Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença prevenível e tratável, com repercussão sistémica, de evolução progressiva, que se caracteriza pela presença de obstrução crónica do fluxo de ar, que não se altera significativamente em vários meses e está associada a uma reação inflamatória anormal das vias respiratórias a partículas nocivas ou gases.
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O principal fator de risco da DPOC é a exposição e/ou inalação do fumo de tabaco, incluindo os fumadores passivos (80-90% dos doentes com DPOC são fumadores).
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OUTROS FATORES DE RISCO NA DPOC:
1. Genéticos (défice de alfa-1 antitripsina);
2. Exposição laboral;
3. Contaminação ambiental (os picos de contaminação ambiental estão associados a exacerbações da DPOC, ainda que não se tenha demonstrado que exista uma relação direta)
4. Género (alguns estudos sugerem que as mulheres são mais suscetíveis aos efeitos do tabaco do que os homens)
5. Infeções virais e bacterianas em idade precoce (estas infeções podem contribuir para a patogénese e progressão da doença)
6. Nível socioeconómico (o risco de desenvolvimento de DPOC é inversamente proporcional ao nível socioeconómico)
7. Em países em desenvolvimento a exposição continuada a produtos de combustão de biomassa em ambientes fechados (excrementos de animais domésticos, estufas e fornos de lenha).
A DPOC representa um grave problema de saúde pública devido à sua elevada prevalência na população, morbimortalidade, custo económico e social, gerando um consumo significativo de recursos de saúde.
A ocorrência de exacerbações e comorbilidadespodem aumentar a gravidade da DPOC.
Tendo em conta as diferenças populacionais e a classificação nos diferentes estudos, estima-se uma prevalência na Europa de 13,7% de doentes com DPOC, que não tem sofrido alterações, apesar da diminuição da taxa de tabagismo.
Em Portugal, estima-se que a DPOC afete cerca de 800 mil portugueses, apresentando uma prevalência de um em cada sete portugueses com mais de 40 anos.
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COMO SE DIAGNOSTICA?
História clínica
Nas fases iniciais da doença, os sintomas podem estar ausentes ou ser mínimos.
O seu diagnóstico deve ser considerado em pessoas com mais de 35-40 anos que sejam fumadores (ou tenham sido no passado) ou tenham sido expostas a outros fatores de risco e que apresentem os seguintes sintomas:
Tosse crónica: pode ser intermitente e não produtiva.
Expetoração: o volume diário de expetoração é normalmente menor que 60 ml/dia e mucoide.
Dispneia (falta de ar): desenvolve-se de forma progressiva durante a evolução da doença. É persistente (todos os dias) e geralmente piora com o exercício físico.
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referências
Sociedade Portuguesa de Pneumologia - SPP
Sociedade Portuguesa de Pneumologia - SPP (sppneumologia.pt)